sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Palestra, “Novos Tempos, Novos Ventos: A Extrema Direita da Europa e o Islã”

Palestrante: Prof. José Pedro Zúquete (Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa)

Data: 19/8/2011, sexta-feira, às 14 horas

Local: IESP-UERJ – Rua da Matriz, 82 – Botafogo – Rio de Janeiro

Ciclo de Palestras IESP_José Pedro Zúquete_convite.jpg

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

II Semana Acadêmica de Relações Internacionais da UFSC

Década de Mudanças:

As relações internacionais no pós – 11 de Setembro

A II Semana Acadêmica de Relações Internacionais (SEMANARI) será realizada pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) em parceria com o Centro Sócio-Econômico (CSE), Departamento de Ciências Econômicas e a Coordenadoria do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A II SEMANARI tem a pretensão de continuar a se consolidar em Santa Catarina como um lugar-comum de debates apresentando e levantando, no espaço acadêmico catarinense, uma importante questão nas relações Internacionais contemporâneas, qual seja, os reflexos dos atentados de 11 de Setembro no padrão de relações entre os países.

A Semana Acadêmica ocorrerá nos dias 13 a 16 de setembro de 2011, nos períodos da manhã, tarde e noite, e consistirá em palestras, debates, mini-cursos ministrados por especialistas e pesquisadores reconhecidos nos estudos das Relações Internacionais no Brasil, além da apresentação de trabalhos acadêmicos.

A II Semana de Relações Internacionais da UFSC busca, portanto, o aperfeiçoamento do futuro internacionalista, trazendo para esta universidade os principais debates que estão atualmente em pauta nas mesas de discussões no Brasil e no mundo, decorrentes dessa importante pauta que se lança na academia no pós-11 de setembro.

As inscrições para a seleção de trabalhos para apresentação na SEMANARI iniciam no dia 15 de julho de 2011 e encerram no dia 15 de agosto de 2011.

Os trabalhos deverão estar relacionados ao tema da 2ª Semana de Relações Internacionais que tratará do “pós 11 de Setembro” e inscritos nas seguintes áreas temáticas:

· Terrorismo,

· Política externa dos Estados Unidos,

· Política externa do Brasil,

· Defesa e segurança internacional,

· Economia política internacional,

· Hegemonia dos EUA,

· Direitos Humanos,

· Organizações Internacionais

· Guerra do Iraque e Guerra do Afeganistão

Maiores informações no site: http://semanari.ufsc.br/

E no edital que segue abaixo:

EDITAL DE SELEÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS NA

2ª SEMANA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UFSC

O Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) e a Revista Acadêmica de Relações Internacionais (RARI) da UFSC convidam pesquisadores e estudantes para enviarem trabalhos para a II Semana Acadêmica de Relações Internacionais que se realizará entre os dias 13 e 16 de setembro de 2011, na Universidade Federal de Santa Catarina.

1. DOS OBJETIVOS

1.1. A II SEMANARI, que terá como tema central o “pós 11 de Setembro”, visa consolidar a prática de pesquisa e o debate acadêmico em Relações Internacionais.

2. DAS SUBMISSÕES

2.1 As inscrições para a seleção de trabalhos para apresentação na SEMANARI iniciam no dia 15 de julho de 2011 e encerram no dia 15 de agosto de 2011.

2.2 Os trabalhos deverão estar relacionados ao tema da 2ª Semana de Relações Internacionais que tratará do “pós 11 de Setembro” e inscritos nas seguintes áreas temáticas:

Terrorismo,

Política externa dos Estados Unidos,

Política externa do Brasil,

Defesa e segurança internacional,

Economia política internacional,

Hegemonia dos EUA,

Direitos Humanos,

Organizações Internacionais

Guerra do Iraque e Guerra do Afeganistão

2.3 Para trabalhos de mais de um autor, é necessário que pelo menos um esteja presente no evento, para que todos sejam certificados.

2.4 O resumo do trabalho deve ser enviado para o e-mail seminário rari@cse.ufsc.br até o dia 15 de agosto.

3. DAS APRESENTAÇÕES

3.1. As apresentações deverão acontecer na forma de comunicação coordenada.

3.2. Cada trabalho deverá ser apresentado no tempo máximo de 15 minutos, podendo haver questionamentos e debates ao fim da apresentação, no tempo de 5 minutos.

3.3. Serão disponibilizados recursos visuais (data show) para as apresentações dos trabalhos.

3.4. Recomendam-se aos participantes que cheguem com antecedência ao local das apresentações.

3.5. As necessidades técnicas deverão ser comunicadas no ato da inscrição para que a comissão organizadora providencie.

4. O COMITÊ CIENTÍFICO

4.1. O Comitê Científico, responsável pela seleção dos inscritos, será formado por membros do Conselho Editorial da RARI.

4.2. Durante a apresentação um grupo formado por professores pesquisadores ouvirá a explanação da pesquisa e tecerá comentários sobre a mesma, diretamente para o seu autor.

5. DOS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

5.1. O trabalho deverá estar relacionado ao tema da SEMANRI.

5.2. Relevância da temática abordada.

5.3. Originalidade.

5.4. Clareza e coerência.

5.5. A formatação do trabalho deve estar dentro das regras estabelecidas por este edital.

5.6. Viabilidade das necessidades técnicas

6. DO RESULTADO

6.1. O resultado desta seleção será enviado para o e-mail dos inscritos e divulgado via internet pelo site: www.semanari.ufsc.br a partir do dia 02 de setembro de 2011.

6.2. Os autores deverão comunicar a leitura do comunicado e enviar até o dia 7 a apresentação seguindo o modelo que será enviado junto com o comunicado.

6.3. A lista definitiva dos trabalhos que serão apresentados será disponibilizada na página do evento no dia 7 de setembro de 2011.

6.4. A data das apresentações é 15 de setembro de 2011 no período vespertino.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

7.1. Os autores e co-autores selecionados, desde logo, autorizam a Comissão a publicação do trabalho, para divulgação, em impressos e/ou via internet.

7.2. Todas as despesas e custeios como: passagens, hospedagem e alimentação são de responsabilidade do expositor.

7.3. As datas e horários das apresentações serão divulgados no sítio oficial do evento.

7.4. Aos autores dos trabalhos aprovados e devidamente apresentados será conferido certificado de participação.

7.5. Os trabalhos selecionados poderão ser publicados na RARI, indexado com ISSN, seguindo o cronograma de atividades da revista e orientações enviadas pelo Comitê Editorial, disponível na página: http://rari.ufsc.br

7.6. Casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora.

Florianópolis, 10 de Julho de 2011.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Curso sobre Mundo Árabe na FGV do Rio

2011 SCHOOL ON THE HISTORY AND POLITICS OF THE ARAB WORLD

Curso internacional sobre história e política do Mundo Árabe, a ser realizado no Rio de Janeiro, de 31 de agosto a 2 de setembro de 2011, na Fundação Getúlio Vargas.

Serão 3 dias de palestras e seminários com os especialistas:

Celso Amorim, Juan Cole, Shadi Hamid, Paulo Gabriel Hilu, Trita Pars, Monique Sochaczewski Goldfeld, Verena lberti e Matias Spektor.

Maiores informações e inscrições no site: http://cpdoc.fgv.br/relacoesinternacionais/arabworldschool

Conflito na Líbia: Algumas breves considerações acerca da ação

internacional no país

Bruno Mendelski de Souza

As ondas de revoltas populares que estão ocorrendo no mundo árabe, e que já retiraram do poder líderes políticos que se encontravam há muito tempo nessa situação - Ben Ali na Tunísia (23 anos) e Hosni Mubarak no Egito (30 anos) - também chegaram à Líbia. Muammar Kaddafi governa o país há 41 anos e tem enfrentado fortes manifestações populares que pedem a sua saída do poder. Diante da forte repressão por parte do governo aos manifestantes, o Conselho de Segurança da ONU apressou-se em aprovar uma resolução condenando o conflito.

A resolução 1973, de 17 de março de 2011, solicita um cessar fogo imediato, estabelece uma zona de exclusão aérea e permite que “sejam utilizados todos os meios necessários para proteger os civis, com exceção de uma ocupação estrangeira em território líbio”[1]. Entre os membros permanentes do Conselho de Segurança, EUA, França e o Reino Unido votaram a favor da resolução, enquanto China e Rússia se abstiveram. Entre os membros não-permanentes, a Alemanha, Brasil e Índia também se abstiveram.

O Brasil condenou a violência na Líbia, mas rechaçou o uso da força como solução para o fim do conflito, entendendo que a diplomacia e o diálogo seriam ações mais eficientes nesse caso. A posição brasileira é coerente com o histórico de respeito à soberania e de pacifismo do Brasil. Segundo a representante brasileira permanente junto a ONU, embaixadora Maria Luisa Viotti, “não estamos convencidos de que o uso da força como dispõe o parágrafo operativo 4 da presente resolução levará à realização do nosso objetivo comum – o fim imediato da violência e a proteção de civis”[2].

Além do questionamento da eficácia de ações militares levantado pelo Brasil, a presente resolução do Conselho de Segurança da ONU também nos oferece uma interessante oportunidade para outras reflexões acerca das intervenções estrangeiras em assuntos internos dos Estados. O uso de violência contra civis é uma prática condenada em todo o mundo, gerando um dos raros consensos internacionais entre as nações. Porém observamos que muitas vezes as condenações sob esse tipo de situação, não acontecem de forma homogênea. Outros países que estão em situação de conflito em razão de revoltas populares e onde os governos também têm reprimido duramente os manifestantes (como no Iêmen e no Bahrein), têm recebido críticas mais brandas das grandes potências e não são cogitadas possibilidade de intervenção internacional.

Nessa linha o conflito em Ruanda em 1994, que deixou aproximadamente 800 mil pessoas mortas[3] é o mais expressivo exemplo: não houve por parte da comunidade internacional e da ONU, intervenções externas que visassem o fim dos combates. Atualmente, apesar de apenas dois meses de manifestações e de um com vítimas fatais, as Nações Unidas apressaram-se em votar uma medida que procura impedir a violência do governo contra a população; que indiretamente busca enfraquecê-lo politico e militarmente.

Apesar de ter melhorado sua relação com o Ocidente nos últimos anos, o governo de Kaddafi caracterizou-se por uma postura conflituosa e belicosa diante das grandes potências. Somado a essa situação, também nota-se que a Líbia é exportador mundial de petróleo, sobretudo para a Europa, além de possuir uma posição geopolítica estratégica, (próximo da Europa mediterrânea e do Oriente Médio). Dessa forma fica a questão: o uso da força internacional liderada pelas principais potências mundiais, e autorizada pela ONU, explica-se realmente apenas pela proteção aos civis líbios?



[1] O texto integral da presente resolução está disponível em: <http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N11/268/39/PDF/N1126839.pdf?OpenElement>

[2] Intervenção da embaixadora Maria Luisa Viotti na sessão do Conselho de Segurança da ONU que aprovou a Resolução 1973. Disponível em:<http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/aprovacao-da-resolucao-1973-do-conselho-de-seguranca-da-onu-sobre-a-libia>

[3] Número divulgado pela própria ONU: <http://www.un.org/ecosocdev/geninfo/afrec/newrels/rwanda.htm>